quinta-feira, 17 de abril de 2014

Semana Santa

Por Irmã Elenice Buoro
É assim que chamamos esta semana que se inicia com o domingo de Ramos. Acompanhamos Jesus com nossos ramos, sinal de nossa adesão a Jesus, Messias-Servo que entra em Jerusalém montado num jumentinho.
É o convite a seguir Jesus passo a passo na sua missão de servir e amar do mesmo jeito como Ele amou e serviu.
Na quinta-feira santa a tardinha abre-se o Tríduo Pascal com a missa do Senhor. Jesus como bom judeu, reuniu-se com os discipulos para comer a ceia pascal. Ela fazia memória da libertação da escravidão do Egito, o Exôdo, a páscoa dos judeus, a passagem do mar Vermelho. Ao comerem o cordeiro pascal com pães sem fermento e ervas amargas, o povo também se sentia passar o mar Vermelho como seus antepassados.
Jesus herdou do seu povo a riqueza da memória (memória não era apenas uma lembrança). Quando Ele entrega aos discipulos o pão e o vinho dizendo "isto é meu corpo" e "isto é meu sangue", Ele acrescentou: "Fazei isto em memória de mim". Aqui também se aplica a densidade e a riqueza da palavra memória.
Assim, quando partimos o pão e tomamos o cálice, em memória de Jesus, estamos fazendo a Páscoa com Cristo, passando da morte para vida, participando de sua entrega, transformando-nos em pessoas indentificadas com Ele.
A ceia de Jesus (Quinta-feira Santa), sua Paixão e Morte na Cruz (Sexta-feira Santa), sua Ressurreição Gloriosa são dimensões de um único e mesmo Mistério, o Mistério Pascal.
Esta semana nos coloca bem de cheio nesta realidade surpreendente que nos ultrapassa e aponta o centro de nossa fé cristã.


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