Há tempo se diz que “o jovem é o futuro do país”. Sim, é o futuro! Mas quem é o presente então? Vivemos numa sociedade cada vez mais pluricultural repleta de desafios, crenças, identidades que oferece muitas possibilidades em todos os sentidos: trabalho, estudo, convivências, companhias enfim... e nessa diversidade o grande desafio, especialmente para o jovem
é SABER OPTAR.
A juventude é a fase da vida em que se concentram os maiores problemas e desafios. Mas é, também, a fase de maior energia, criatividade, generosidade e potencial para o engajamento. É uma fase marcada por processos de desenvolvimento, inserção social e definição de identidades.
O ideal coletivo, vivenciado nos anos de 70-80, de construir um mundo melhor, foi sendo radicalmente substituído por uma maior preocupação com as necessidades pessoais, com os sentimentos, com o próprio corpo, com a melhora da auto-estima etc. Criou-se um ambiente de descrédito dos grandes ideais coletivos, e isso faz com que alguns jovens tenham a forte tendência de viver somente o presente, “na cultura do descartável”; daí a busca de emoções e sensações de prazer passageiras ou momentâneas.
A maioria dos 34 milhões de jovens brasileiros é fortemente atingida pelos mecanismos de exclusão social. Segundo o senso de 2000, a juventude é um dos grupos mais vulneráveis da sociedade brasileira; atingida especialmente pelas deficiências do sistema educacional, mudanças no mundo do trabalho e é ainda o grupo mais desamparado das redes de proteção social. O reflexo disso está nos problemas encontrados pelos jovens brasileiros: disparidade social, acesso restrito à educação, desemprego, dificuldade de inserção no mercado de trabalho, falta de qualificação profissional, envolvimento com drogas, banalização da sexualidade, AIDS, violência no campo e na cidade, morte por acidentes de trânsito, homicídio e suicídio, limitado acesso à atividades recreativas e culturais e ainda exclusão digital.
Destacam-se ainda as três marcas da juventude na atualidade: “o medo de sobrar, por causa do desemprego, o medo de morrer precocemente, por causa da violência e o medo de estar desconectado, por causa da internet”.
E tudo isso os jovens experimentam em uma fase do ciclo da vida em que é necessário se questionar acerca de vários aspectos: caminhos profissionais, continuidade dos estudos, relacionamento afetivo, opções de vida...
Frente a tantos desafios e obstáculos a serem encarados, o jovem é chamado a ser protagonista de sua própria história, buscando e encontrando na criatividade juvenil respostas audazes que remetem à “opções claras, conscientes e coerentes” .
Colaboradora: Ir Deisi Toniazzo - CSJ
Referências
·
* Doc 3 CNBB, Evangelização da Juventude. Ed. CNBB, 2007
* Novaes, Regina e Vital, Chistina. A juventude de hoje: (re) invenções da participação social. São Paulo: Ed. Peirano, 2006
* Doc 3 CNBB, Evangelização da Juventude. Ed. CNBB, 2007
* Novaes, Regina e Vital, Chistina. A juventude de hoje: (re) invenções da participação social. São Paulo: Ed. Peirano, 2006
Ótima reflexão. Parabéns Irmã Deisi. Este texto pode se fazer chegar para reflexões com a própria juventude.
ResponderExcluir